Rui leva uma existência entediante e repetitiva: trabalha como segurança no turno da noite de um armazém, vive sozinho, come mal e dorme durante o dia. Depois da morte da Rainha, o transformista que lhe serviu de mentor na juventude, Rui reencontra um amigo de longa data, Roger...

Há vinte anos, era Mafalda pequena, Rui apanhou-a a brincar com comprimidos de ecstasy, tendo-a 'salvo' no último momento. É esse momento de negligência paternal que o consome nos anos seguintes, sentindo vergonha e culpa.

Depois de encontrar drogas na mala de Mafalda, Rui visita Delfina, a ex-mulher e mãe de Mafalda, perguntando-lhe o que é que ela sabe dos comprimidos que a filha anda a tomar. Delfina acabou de divorciar-se do marido, um ortodontista de sucesso que a trocou por uma mulher da idade da filha, pelo que está pouco interessada em falar de qualquer outra coisa que não ela própria.

Depois de uma noitada com álcool e erva, Rui, Roger e Mafalda acordam no apartamento de Rui. Enquanto Roger vai ter com Delfina, ajuda-a a lidar emocionalmente com o divórcio e a convence a comprar o Bar Afrodite (vendendo-lhe a ideia de que tem de fazer algo ?por ela?), Rui e Mafalda passam a tarde juntos. As coisas correm mal.

O Cliente, um homem misterioso e cuja identidade desconhecemos, convence Diogo a dar-lhe o número de Rui e tenta contratá-lo para uma atuação numa ?festa de aniversário?. Apesar de desconfiar dele, Rui aceita: o dinheiro dá-lhe imenso jeito. Ao chegar ao local combinado, Rui apercebe-se que não há festa nenhuma.

Delfina convence Diogo a vender-se o Bar Afrodite, e celebra com Rui e Roger bebendo champanhe barato num parque de estacionamento. Rui conta a Delfina e a Roger que vai fazer um almoço para a filha. Enquanto Roger dá ideias divertidas, Delfina tem um momento de proximidade e carinho com Rui, recomendando-lhe o prato favorito de Mafalda. Estes três são, agora, uma tribo esquizofrénica mas minimamente funcional e unida.