Julia, uma pintora convalescente, chega a Nerja em meados de Julho à procura de paz e de calma. De forma casual, rapidamente trava a idade com Javi, Tito e Quique, três jovens que passam as férias de Verão perto de sua casa. Eles apresentar-lhe-ão Bea, a irmã mais velha de Tito. Depois aparecerá Desi e, mais tarde, o grupo completar-se-á com Pancho, um rapaz da povoação. Mas só quando os miúdos depararem com "La Dorada", o barco ancorado em terra em que vive um velho pescador chamado Chanquete, e travarem amizade com ele tudo estará pronto para se iniciar o Verão que Júlia recordará para sempre como o mais belo da sua vida.

Julia tem um estranho sonho em que vê Chanquete transformado no Deus Neptuno a queixar-se da poluição cada vez maior dos mares. Nessa mesma manhã, os miúdos encontram a praia cheia de peixes mortos e lixo, em resultado de uma fuga de resíduos de uma empresa química das proximidades. O grupo denuncia o facto às autoridades, mas os miúdos, não satisfeitos com aquilo que conseguiram, decidem começar uma campanha de limpeza das praias, perante o olhar céptico dos pais.

Em poucos dias, os elementos do grupo sofrem repetidos castigos que consideram injustos. Perante tanta repressão paterna, decidem protestar fazendo uma greve de silêncio. Esta apenas suscita novos castigos, pelo que os miúdos mudam de estratégia e começam a dizer apenas avez Mas esta nova táctica não Ihes corre bem e, no fim, optam por falar ao contrário. Terão de ser Julia e Chanquete a resolver este problema de comunicação intrgeracional.

Beatriz conhece Rafa, um rapaz de dezassete anos que foi para a aldeia passar uns dias de férias. Beatriz fica entusiasmada com a ideia de sair com um rapaz mais velho do que ela e Desi consegue preparar um encontro entre os dois. Mas os rapazes, ciumentos, tentarão por todos os meios frustrar estes encontros.

A perna de Chanquete, barómetro infalivel, anuncia dias de chuva. Com a chegada das nuvens, Julia desculpa-se com o resto do grupo, fechando-se em casa e caindo numa profunda depressão. Os miúdos vão a sua casa e tentam falar com ela, mas a pintora manda-os embora sem sequer lhes abrir a porta. Preocupados, vão ter com Chanquete, que corre a sua casa. Apenas ao velho pescador Julia abrirá finalmente o seu coração e revelará a trágica história que a levou a passar o verão em Nerja.

Desi está muito entusiasmada com a notícia de que o pai vai finalmente chegar a Nerja para passar uns dias com ela. Está tão emocionada que decide não sair com o grupo para esperar por ele. O pai chega um dia depois do previsto e revela-se um homem sedutor que lhe oferece uma moto e que deixa os seus amigos espantados. No entanto, rapidamente fica claro que o casamento entre os pais de Desi não funciona e a rapariga, destroçada com a notícia que, na verdade, já conhecia, decide fugir de casa. O resto do grupo, os seus pais, Chanquete e Julia mobilizam-se para a encontrar.

Bea sonha que uns cães a perseguem pela praia e que um cavaleiro mascarado, montado num cavalo branco, a salva. Pancho sofreu um pequeno acidente e viu-se obrigado a recorrer a uma burra para fazer a distribuição diária de leite, pelo que Bea faz troça dele, chamando lhe Pancho Pança. Por esta razão, quando Pancho toma conhecimento do sonho de Bea, decide arranjar uma artimanha para conseguir um cavalo branco e assim poder tornar realidade o sonho desta.

O pai de Javi está prestes a fechar um negócio muito importante com um multimilionário da zona. Para Ihe causar boa impressão, decide levar consigo a esposa e o filho à entrevista definitiva. Javi vai contrariado e, uma vez lá, tem um incidente com a neta do milionário. A reacção de Javi fará com que o pai perca o negócio e este, indignado, esbofeteia-o com fúria. Zangado, Javi decide fugir de casa. Contudo, antes de o fazer, pede ajuda a Chanquete.

A presença de um grupo de hippies na praia indigna os pais de Javi. Pouco depois, todos se vão embora, excepto uma jovem loira, Eva. O grupo rapidamente trava amizade com ela e, perante a notícia de que está grávida, Julia propõe-lhe viver uns dias em sua casa. Mas, quando ficam a saber do estado da jovem, os pais dos miúdos preocupam-se. E mais ainda quando os filhos começam a fazer perguntas sobre a importância da estrutura familiar convencional e sobre de onde vêm realmente os bebés.

Um grupo de motards comete actos de vandalismo na aldeia. Ao mesmo tempo, os elementos do grupo começam a discutir uns com os outros por todo o tipo de motivos. Com efeito, como Julia observa, toda a gente ali parece de mau humor. A situação chega ao ponto mais alto quando, no bar de Frasco, se inicia uma luta em que se recorre às navalhas. Depois de presenciar a luta, Chanquete confessa a Julia que também ele foi capaz de odiar. Pouco depois, o pescador fica doente e isso faz com que os miúdos esqueçam as suas tontas quezílias e se reúnam à sua volta para tomar conta dele.

Chove e o grupo aborrece-se. Para combater o tédio e a chuva, Bea propõe organizarem uma peça de teatro. Enquanto todos se divertem com os seus disfarces e actuações, Pancho chega jurando que viu um fantasma num casarão abandonado. Acompanhados de Chanquete e de Julia, vão todos investigar. Ali descobrem que o fantasma não é mais do que o dono da casa, um famoso mágico conhecido como o Grande Masip. Para surpresa do grupo, o mágico não só não está zangado com ele como os convida para jantar no dia seguinte e para assistirem à sua última representação.

Os mais velhos do grupo preparam em segredo uma excursão para o fim-de-semana. Pancho propõe irem à Cueva del Gato Verde, um local famoso na região por ter dado origem a uma lenda. Os outros aceitam e todo o grupo se põe a caminho. Ao chegarem à caverna, Pancho descobre uma pequena abertura e, para impressionar Bea, ele e Javi decidem entrar para a explorar. Depois de estarem lá dentro, Pancho perde-se. Entretanto, na aldeia, Julia confessa a Chanquete que terá de se ir embora dentro de pouco tempo por falta de dinheiro. O velho pescador irá procurar uma maneira de remediar o problema.

Bruno (Gonzalo), um belo cantor, ídolo das moças, chega à cidade para gravar um videoclipe. Bea e Desi são loucas por ele e os meninos estão com ciúmes. Bruno é famoso, bonito e rico, mas não é feliz e, à noite, refugia-se na praia, onde conhece Chanquete e confessa a realidade de sua vida.

Mercedes, a mãe de Quique, lê uma carta do filho dirigida a um amigo e apercebe-se de que o rapaz está a crescer e de que eles se encontram fora do seu círculo. Preocupada, fala com o esposo para que se aproxime de Quique "como mais um amigo" O pobre homem faz o que pode, mas a maior parte das suas tentativas no sentido de estabelecer uma relação mais intima com o filho e os amigos caem no mais absoluto ridículo. Mercedes tem uma ideia: convence os pais dos outros miúdos a organizarem todos juntos uma festa como as de antigamente.

Uma grande imobiliária pretende construir uma urbanização nuns terrenos próximos de Nerja. A empresa já comprou todas as parcelas necessárias, menos uma: os 5000 metros quadrados onde Chanquete tem "La Dorada" Como a empresa precisa desses terrenos para poder construir o complexo, pressiona o velho pescador. O grupo junta-se rapidamente à volta do seu amigo e enfrenta as escavadoras que ameaçam "La Dorada" apenas armados da viola de Julia e do grito «Não nos demoverão».

Os elementos do grupo deparam com um misterioso visitante, vestido apenas com umas calças e que apresenta uma curiosa tatuagem nas costas. Este passeia pela aldeia desenhando estranhos símbolos na areia. De início, os miúdos, Chanquete e Julia desconfiam dele, sobretudo quando na aldeia aparecem outros homens misteriosos, que conduzem uma ambulância e que parecem andar à procura do primeiro. No entanto, mudam de opinião quando o visitante salva Bea de morrer afogada. Pouco depois, os homens da ambulância capturam o visitante, assegurando que se trata de um louco que fugiu de um manicómio das redondezas.

Chanquete vai ao médico e este avisa-o muito seriamente de que é imprescindível ser internado num hospital para fazer uns exames, pois a sua saúde não se encontra bem. O velho pescador recusa-se em absoluto, mas, perante a insistência de todos os seus amigos, entre os quais Julia, acaba por concordar. O grupo vai ao hospital visitá-lo, dando-lhe uma grande alegria.

A morte de Chanquete e a lenta chegada do Outono vêm pôr fim ao mágico Verão que o grupo viveu. Enquanto os pais arrumam as coisas para regressar a casa, os rapazes e Julia organizam um lanche para se despedirem. Todos prometem manter-se em contacto, pois, afinal, vivem na mesma cidade. Mas a pintora sabe que o regresso à rotina tornará impossíveis estas boas intenções. Sozinha, Julia passeia por Nerja para se despedir dos lugares que marcaram uma época da sua vida que nunca mais poderá esquecer.